Somos prisioneiros de um corpo perdido no espaço.
A essência da alma é sentir e a do corpo é ser um objeto no espaço.
E no entanto, o pensamento está preso a esse fragmento de extensão. A alma age sobre o corpo e este age sobre ela.
Se considerarmos o homem enquanto espírito unido a um corpo, somos obrigados a levar em conta as paixões, isto é, a afetividade em sentido amplo.
A paixão é tudo que o corpo determina na alma. Somos apaixonados por Cristo presos ao nossos corpos desejosos de livramento e transformação.
Mas a paixão é fome do corpo digerida pela alma.
A alma precisa ser nutrida por paixões mas de forma racional.
Ouço tanto estou apaixonado por Cristo da boca de muitos. E assim corremos pulamos, rolamos no chão e fazemos de tudo um pouco na energia de nossos corpos e na sede de nossa alma. A alma deveria ser condicionada de forma racional e o corpo ser inerte no espaço e não ao contrário.
Desejamos a Cristo com o corpo nos mostramos frenéticos e eficazes em shows pirotécnicos de poder pentecostal. Hoje o culto racional se perdeu e a emoção tomou conta.
Deixem pois seus corpos perdidos no espaço-tempo livrem a alma da fome da paixão irracional. E assim não mais serão prisioneiros de um corpo corredor atrás de paixões e glórias aos homens.
Pois enfim são estes pensamentos cartesianos onde Deus me inspira.
3 comentários:
Interessante... rs
Descartes é mesmo teu irmao de sangue né?
abçs!
Muito bom, isso está acontecendo mesmo. A irracionalidade leva ao extremo, e sabemos que o extremo no cristianismo já fez grandes estragos.
Eu Linkei vc no meu Blog, depois vc dá uma olhadinha lá.
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