18 de dez. de 2007

O Sistema Romano "Igrejistico"


O pensamento grego deve-se dizer que entrou no cristianismo como sistematizador das verdades reveladas, e como justificador dos pressupostos metafísicos do cristianismo. Não, porém, como elemento constitutivo, essencial e característico, porquanto este é hebraico e cristão.

E quanto ao direito romano, deve-se dizer que entrou no cristianismo como sistematizador do novo organismo social, a Igreja
, e não como constitutivo de seus elementos essenciais e característicos, que são próprios e originais do cristianismo.

O direito romano não é uma filosofia do direito, mas uma sistematização jurídica; não é uma construção teórica, mas a codificação de uma longa e vasta prática.

O espírito humano procura a solução integral do problema da vida na religião ou nas religiões. O problema da vida é agudamente sentido, pelo fato de ser profundamente sentido o problema do mal.
"O direito romano é a premissa para sistematização da igreja como
órgão-social-institucional por um olhar jurídico de direitos e legalismos."
Portanto se pensarmos bem a neura caótica das igrejas protestantes de se sistematizarem por justificação de meios "legais divinos" de cobertura espiritual e hierarquia ovacionada faz ligação direta com o sistema de direito romano. Isso mostra que a igreja nada mais é do que um sistema criado pelo próprio homem e desnecessário na forma justificada por legalismos.
"A instituição igreja não é prerrogativa para obter-se justificação sobre
qualquer ato referente à salvação. Não são templos de pedra que justificam os atos fomentados por nossas fraquezas."
Contudo a igreja como instituição deveria buscar muito mais um valor social no agrupamento de pessoas. Sendo uma força social, um agente de transformação visando desmantelar as desigualdades do mundo que ela mesma quer alcançar e não criando legalismos que só são barreiras que afastam algumas pessoas e isolando outras.




3 comentários:

Éverton Vidal disse...

Infelizmente (?!) a prática grega da sistematização da verdades foi e ainda é uma pedra de tropeço para a igreja, é claro que teve seu "lado bom", o problema é a espécie de verdade que se quer Sistematizar. A verdade salvífica, as boas novas não podem ser sistematizadas por serem de natureza existencial, tendo cada ser humano uma verdade absoluta que se encaixa transformando seu ser que é naturalmente (humanamente) cheio de relatividades.

Sim! A verdade do Evangelho, ao contrário das demais verdades (científica por exemplo) leva em consideração a relatividade inerente do homem-PECADO ( no sentido de desfragmentado pela falta de consciência em Deus).

A Verdade do Evangelho, assim como os nascidos do espíritos são livres como o vento, "hebraicos" por natureza, ou seja, soltos, errantes, peregrinos...

Da mesma forma o direito que deu direito para o que era solto ser vaticanizado é um direito sendo usado contra o próprio direito, digo, o direito romano é excelente, mas não se encaixa no sentido da Igreja que deve ser dirigiada pela consciència da graça e não por qualquer forma de lei. Pois a única lei pra Igreja é amar.

Textão, muito legal.

Éverton Vidal disse...

Mas pra terminar, concordo plenamente com o que o texto diz "Portanto se pensarmos bem a neura caótica das igrejas protestantes de se sistematizarem por justificação de meios "legais divinos" de cobertura espiritual e hierarquia ovacionada faz ligação direta com o sistema de direito romano".

Mas é preciso frisar que o problema não está no Direito Romano, porém na "Igreja" que fez e ainda faz mal uso de tudo aquilo que é também bênção de Deus porque não?

Quanto ao protestantismo o que se vê é uma constante Romanização, ou Vaticanalização... o mundo está cheio de vaticaninhos, cada um tentando demolir os outros vaticanos.

Marco Alcantara disse...

Vidal foi dessa conversa sobre o primeiro amor que pintou este post.

Valeu a conversa...

E logo estarei postando em relação aos textos que você mandou.

Já tem até nome o texto.

"Eu creio no sexo de Jesus"

O Cristo é assexuado o Jesus não. E essa dualidade de unção e carne nunca foi respeitada pelo cristianismo.

Leia também...

2leep.com