10 de set. de 2007

VIRTUOSISMO SEM "ISMO"


É a parte culminante da sua filosofia. Sócrates ensina a bem pensar para bem viver. O meio único de alcançar a felicidade ou semelhança com Deus, fim supremo do homem, é a prática da virtude. A virtude adquiri-se com a sabedoria ou, antes, com ela se identifica. Esta doutrina, uma das mais características da moral socrática, é conseqüência natural do erro psicológico de não distinguir a vontade da inteligência. Conclusão: grandeza moral e penetração especulativa, virtude e ciência, ignorância e vício são sinônimos. "Se músico é o que sabe música, pedreiro o que sabe edificar, justo será o que sabe a justiça" (Sócrates).

Virtuoso é o sábio, malvado, o ignorante.





  • AGIR VIRTUOSO:

O virtuoso é desejoso de uma inspiração diária e constante.

A virtude é a tendência para o bem , que deve ser instigada, vigilantemente, desde os primeiros anos de vida. Virtude é inteligência, razão, ciência, não sentimento, rotina, costume, tradição, lei positiva, opinião comum. Tudo isto tem que ser criticado, superado, subindo até à razão, não descendo até à animalidade da ignorância.

"Para bem agir, é necessário não apenas fazer algo, mas fazer como se deve, ou seja, é necessário agir de acordo com uma opção bem regrada e não apenas por impulso ou paixão." Esta frase de São Tomas de Aquino resume aquilo que é o agir virtuoso: a prudência.


Todavia, a vida nos coloca situações onde o exercício da prudência torna-se difícil. É necessário seguir em frente, sem titubear, mesmo não sentindo a força suficiente para tanto. Nestes momentos, se faz presente a coragem. Coragem virtude de iniciar, de buscar novos caminhos, de não nos imobilizarmos. Afrontar o perigo, mas com prudência (não em excesso), sem se deixar levar pela covardia, nem seduzir pela temeridade.


Justiça, prudência, coragem já temos um triângulo. Falta uma última para fecharmos o quadrado.


A virtude restante fala do contentamento com o uso de nossos prazeres sensuais (comer, beber, cheirar, transar, olhar...) virtude busca do bem. O bem a forma justa, adequada, harmoniosa. Como temperar uma salada: o azeite, o sal, o limão, a mostarda, o gergelim. Todos os temperos devem estar proporcionais, nem mais, nem menos. A medida certa, saborosa. A quarta virtude é a temperança.

Temperança, que para mim, tempera as outras três virtudes (justiça, prudência, coragem) todas vivenciadas na justa medida. Deste modo, o quadrado circula e as quatro virtudes transformam-se numa só.

Qual?

Para ela não temos um conceito definido, é só uma idéia. As quatro virtudes cardeais são uma só, formam um quadrado mutante que circula para o bem do planeta.





  • AGIR IGNORANTE:
Ter consciência de si mesmo quer dizer, antes de tudo, consciência da própria ignorância inicial e, portanto, necessidade de superá-la pela aquisição do conhecimento.


“A desgraça do ignorante consiste em julgar, não sendo ele nem distinto nem inteligente, que o é o quanto lhe basta; ora, quem não se vê carecido de alguma coisa, não aspira aquilo que não imagina lhe esteja faltando”. (Sócrates)

Ignorante nem se dá pelo fato de ter pouca cultura e sim pelo fato de não querer adquirir cultura alguma. Ignora o mundo que Deus revela pelo conecimento prático diário. Se isole e cria barreiras para aprender o que é preciso para ser virtuoso.

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