Só de mencionar a palavra zumbi imaginamos aquelas criaturas famintas por cérebros no melhor estilo criado por George Romero e visto no fabuloso filme Madrugada dos Mortos (o original claro) que assisti três vezes. =D
Mas o zumbi filosófico ou p-zombie como também é conhecido é um ser hipotético, ou seja, um ser idêntico ao ser humano normal se não fosse pela inexistência da experiência consciente. Imagina-se que quando um zumbi filosófico sinta dor ele realmente não a sente apenas reage pela ação da causa. Essa é uma reação inconsciente e somente casual.
O argumento dos zumbis surgiu em 1974 em um artigo de Robert Kirk, mas foi com o livro The Conscious Mind (1996), de David Chalmers, que ele ganha um papel de destaque dentro da filosofia da mente.
Existem indivíduos que se tornaram perfeitos zumbis, isso ocorre pelo fato de aprenderem algo de outro, e tomarem esse algo como uma verdade motivadora, automática e única, assim sendo é indiscutível os termos dessa verdade. Vêem que aquilo é “tão certo” e “confiável” que perderam a vontade própria ou a consciência para agir por si mesmos e assim agem através de um adestramento ou condicionamento mental.
Imagine uma pessoa fazendo algo sem amor, sem paixão ou simplesmente sem alma. Tomando atitudes por que simplesmente disseram que era assim e pronto. Não existe nada de bom ou correto nisso. Fazer qualquer coisa unicamente para sentir o “dever cumprido” não é bom, ou fazer o bem para o bem próprio ou mesmo para que outros te aplaudam. É também um modo de agir bem abrangendo o mal.
Como um zumbi sem consciência estes outros seres condicionados pelas recomendações de outros só tem as reações casuais. Se fizerem alguma coisa boa será somente dentro do mesmo patamar de outros zumbis, e nunca será nada surpreendente, novo e apaixonante de se ver, pois não existe amor nisso ou consciência do que se está fazendo.
"Dentro das religiões existe uma bondade enlatada, mascarada e tacanha."
Nossos atos e os resultados destes atos, os feitos, nos revelam o que somos, fazem aparecer ao observador nossa "natureza", nossa maneira de ser. Tal expressão nos reduz àquilo que somos de fato. Se nos nossos atos existe paixão, amor e graça de verdade não aquilo que é transmitido, ensinado ou orquestrado por outras pessoas, os que nos observam em todo canto sentirão isso e nisso terão dentro deles o efeito e a causa da mesma paixão, do mesmo amor e da mesma graça.
Que venhamos a ter uma vontade de refletir sobre o que fazemos mesmo que a principio para nós mesmos e para todo mundo esse ato seja bom. Caso contrário seremos zumbis, autômatos, alienados, condicionados e burocráticos com a nossa vida e as vidas carentes do nosso melhor.
A consciência é o órgão pelo qual o homem tem contato com o mundo exterior, com o mundo interior e principalmente têm consciência de si mesmo como ser humano capaz de decidir, por si, seus atos.
"Se fugirmos deste princípio natural de viver, seremos anormais em nossa forma de agir, seremos contrários à nossa natureza regenerada, ou seja, o novo homem que habita em nós se move através de uma consciência livre de regras, dogmas e leis humanas que só servem para gerar morte."
E agindo pelas regras, dogmas e leis humanas seremos zumbis piedosos geradores de morte. Iguais ao filme viveremos na fixação de cumprir as nossas obrigações morais no lugar de comer miolos.
Um comentário:
Opa, Obrigado pela visita no meu blog klebaodoidera.blogspot.com. Gostei muito dos seus textos, parabéns e continue sempre pensando!!
Deus abençoe"
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