17 de abr. de 2012

A Culpa é de Quem ?!



Por Marco Alcântara


Lembro de que quando eu era criança umas das frases mais usadas era “não fui eu” ainda mais quando fazia alguma coisa errada e ninguém via. Não me lembro de ninguém ter me ensinado quando criança a mentir não admitindo minha culpa. Creio que isso é algo inerente ao ser humano, uma bagagem que já nasce conosco particularmente natural a todos.

Acredito que muitos são assim hoje ainda. Sempre lançando suas frustrações, fracassos, indecisões e imobilidade no outro. Sempre vivendo o inferno que são os outros.




É mais fácil e cômodo pensar assim quando temos algum insucesso na vida.

- Não realizei tal coisa por que fulano não me ajudou.
- Não fui lá por que fulano não foi comigo.
- Não fui eu quem fez isso foi fulano.
- Não vou reconhecer esse erro por que ninguém me amparou quando eu precisei.

Adão também lançou toda sua culpa em Eva e Eva por sua vez lançou sua culpa sobre a serpente.

Idealizamos, muitas vezes, que nossa amargura emocional ou nossos sofrimentos nascem continuamente da atuação de outros.

De qualquer forma, parece que temos sempre a necessidade de sermos a vítima de uma situação.

Nunca falamos que a culpa foi nossa, nunca admitimos que fomos nós que traímos a confiança de alguém, que fomos nós que não tomamos alguma atitude, nunca vemos o erro em nós e nunca admitimos o peso de nossa responsabilidade.

Aliás, nós nunca tomamos as atitudes erradas e sempre sabemos o que dizemos. A bondade sempre é implícita em nós quando não achamos que ela é explicita.

Devemos rever alguns conceitos sobre nós mesmos. Sejamos egoístas com nossa culpa, não vamos dá-la a ninguém. Só houve um que pode carregar toda a culpa do mundo no madeiro e esse não era  um homem comum, esse era o próprio Cristo. 

Todos nós erramos e por errarmos e nos vermos culpados necessitamos tanto da Glória de nosso Pai. Precisamos deixar as coisas fluírem, principalmente nossa culpa tem que ser restritamente nossa, seja essa culpa por atitudes que tomamos ou por falta de atitudes.

Abandonados em nossas vaidades e responsabilidades que não admitimos e em uma bondade mentirosa e egoísta, que resiste à graça de Deus, não veremos mudança nenhuma em nós e no mundo que nos cerca.

Nosso Pai age em nós, regenerando-nos de nossas culpas e criando uma vontade diferente para podermos caminhar e fazer diferente de tudo do que já fizemos até agora tornando o que era indesejável desejável. 

Por essa ação voltamos para a Graça de Cristo onde reconhecemos nossas culpas e nossa ruína.

E assim, como justos viveremos  sobre a ótica da graça redentora, enxergando a inocência comumente graciosa em nosso próximo e não a culpa que é nossa e inicio do arrependimento .


Um comentário:

Vince K disse...

O mínimo do justo é SEMPRE reconhecer o próprio erro e também o acerto.
Quem é sincero consigo mesmo, jamais sente culpa.
Só é justo quem reconhece o próprio erro e não aceita que alguém corrija ou pague por nós.

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