10 de out. de 2007

O Grande Revelador das Idéias.



"Deus está intimamente presente ao nosso espírito como revelador das idéias".


Nós não temos uma idéia clara e distinta do infinito. A única idéia clara e distinta que temos é a de extensão inteligível (e de seus modos); isto é, vemos a extensão inteligível em Deus, e tal idéia se torna representativa de Deus pelo seu caráter de infinidade.

Deus criador das almas e da matéria: quer dizer, admite uma pluralidade de substância. Diversamente afirma a unidade da causa, porquanto não há causas segundas. Deus age diretamente em todas as criaturas; ele só é causa e atividade, e as assim chamadas causas segundas não passam de ocasiões para o agir da causa única divina (ocasionalismo).

Como não temos uma idéia clara de Deus(ex: não vemos o seu rosto ou o tocamos, ou sentimos físicamente), assim não temos uma idéia clara da nossa alma, quer dizer, da sua natureza. Temos uma intuição da sua existência, um sentimento, que - ao contrário das idéias - é racionalmente confuso, mas, em todo caso, ele só atinge a existência contingente, o que as idéias não podem fazer.

Acontece o contrário a respeito do mundo físico, material. Temos dele uma idéia clara, porque temos a idéia clara de extensão inteligível. Temos, porém, um sentimento confuso da existência atual do mundo material; trata-se de uma percepção sensível inferior à da existência do espírito.

As relações - a interação entre as coisas materiais de um lado e os espíritos humanos do outro, isto é, entre alma e corpo - dependem de Deus e são produzidas diretamente por ele segundo a doutrina do ocasionalismo.




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